DEFICIÊNCIAS NUTRICIONAIS EM PACIENTES BARIÁTRICOS

A quantidade de pessoas acima do peso entre o IMC de sobrepeso e obesidade tem crescido, elevando assim o número de cirurgias bariátricas, sendo então de suma importância que seja ofertada uma atenção especial à nutrição desse paciente. Estudos mostram que pacientes bariátricos possuem maior risco de desenvolver deficiências nutricionais, tendo em vista a existência de limitações no âmbito da ingestão como também na absorção de vários nutrientes. Tais deficiências nutricionais dependem do tipo de procedimento cirúrgico realizado, podendo acontecer desde alterações nas concentrações de albumina como também do desprovimento de vitaminas e minerais. As carências mais comuns são da vitamina B12 (pela ausência do fator intrínseco, na cirurgia tipo Bypass gástrico, por exemplo), vitamina D e da vitamina B9 (ácido fólico), como também de minerais muito importantes como o cálcio e o ferro. Estudos relatam que a suplementação com polivitamínicos é uma das estratégias usadas no manejo do tratamento e prevenção dessas deficiências nutricionais ocasionadas pelas alterações fisiológicas obtidas na cirurgia. Além da ingestão adequada de micronutrientes (vitaminas e minerais), o controle na quantidade dos macronutrientes (carboidratos, proteínas e lipídios) também deve ser observado, pois a ingestão de carboidratos simples de alto índice glicêmico, como também de alimentos muito gordurosos podem desencadear a Síndrome de Dumping, assim como o baixo consumo de proteínas pode ocasionar perda de massa muscular involuntária. Verifica-se que alimentação fracionada, com intervalos de 3 horas são estratégias bem aceitas quando se trata da alimentação de pacientes bariátricos na fase do pós-operatório. O acompanhamento com o nutricionista é essencial nas fases pré e pós-bariátrica, a fim de promover os ajustes ideais de todos os nutrientes (micro e macros), evitando assim danos metabólicos e nutricionais.

Gardênia de Almeida Brum